Todavia, encontrava um mundo hostil a seus sonhos de criança, corria ao lado da agitação do cotidiano, andando em linhas retas pelos meio fios das ruas sem imaginar que o tempo existia . Tentara cair algumas vezes e sentir sua dor como sua resistência . Foi-se um dia, uns tinham significado, outros apenas aconteciam, nascia faces, eram fases, e a lua esculpida em um ingênuo olhar, observando seu teto e algumas aranhas entre as poeiras ao som de discos mainstream, desejava ultrapassar os limites gravitacionais, entretanto esquecera o quanto ela puxava pra baixo, achava em si um roteiro em preto e branco de sua vida que tardia vira o tempo lhe ensinar, tampinhas, bolinhas enterradas e um tesouro desconhecido em terras loteadas.
Acordara um dia em um novo paralelo, se desligava das peladas com os amigos, escondia-se, era seu jeito de manifestar e provar a si o quanto era importante estar em algum lugar, sendo consumido e eternizando uma vida simples em versos como se nunca houvesse outra chance, visto pela tv felicidade, mas o personagem da vida tinha sede demais pra se enganar.
Gastará suas fichas, de cabelo longo e umas coisas na cabeça o fizeram estampar sua coragem e olhar nos olhos da verdade, pensava estar longe, estava perto e só enxergou o dia que se sentiu só de verdade. Renascera a maior idade e sua forma de expressar o dava orgulho, não egoísmo, mas autonomia, sentia sua boca seca, rachada pelo vazio e por poucos encherem seu copo sem ter que cobrar, sentia seu coração pulsar com gosto de sangue nos lábios, desiludia- se, aprisionava-se sem descartar a fragilidade e os caminhos ao qual seguira.. enfim, estava olhando o abismo, sem temer a si, ignorava a chuva destinando cartas desconfiguradas por não seguir tanto a realidade, resolveu depositar e acreditar em suas notas sujas e leves como sua imortalidade.. mas sofrera sempre ao tentar amar em mundo colonizado, vendia assim seus sonhos em troca de esperança e moedas a troco de passagens para algum lugar qualquer.